quarta-feira, 16 de março de 2011

Fortaleza , 16 de Março de 2011.
          Olá , somos alunos do 1ºano do ensino médio do Colégio Dom Quintino.
          Iremos transmitir um pouco da realidade em que vivemos. A GRAVIDEZ NA ADOLÊSCENCIA.
apresentar depoimentos, prevenções da gravidez , doenças sexualmente transmissivéis (DSTs) as dificuldades de mães solteiras. E além do abandono do namorado, muitas ainda tem que enfrentar o abandono dos pais. E para piorar a situação ainda existe o preconceito das pessoas.
          Com esse meio de informação (Blog) iremos tentar concientizar as pessoas, e principalmete os adolecentes como e o que devemos fazer mediante esta situação tão séria em uma parte tão importante da vida.
          





1. Gravidez
Biologicamente a gravidez pode ser definida como o período que vai da concepção ao nascimento de um indivíduo. Entre os animais irracionais trata-se de um processo puro e simples de reprodução da espécie. Entre os seres humanos essa experiência adquire um caráter social, ou seja, pode possuir significados diferenciados para cada povo, cada cultura, cada faixa etária.
Em alguns países como a China, que não possui mais capacidade territorial para absorver um número elevado de indivíduos a maternidade é controlada pelo governo e cada casal só pode ter um filho. Em outras culturas como em tribos indígenas e alguns países africanos gravidez é sinônimo de saúde, riqueza e prosperidade.
No Brasil, onde não há controle de natalidade e onde o planejamento familiar e a educação sexual ainda são assuntos pouco discutidos, a gravidez acaba tornando-se, muitas vezes, um problema social grave de ser resolvido. É o caso da gravidez na adolescência.

2. Gravidez na adolescência
Denomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de até 21 anos que encontram-se, portanto, em pleno desenvolvimento dessa fase da vida – a adolescência. Esse tipo de gravidez em geral não foi planejada nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade. No Brasil os números são alarmantes.
Cabe destacar que a gravidez precoce não é um problema exclusivo das meninas. Não se pode esquecer que embora os rapazes não possuam as condições biológicas necessárias para engravidar, um filho não é concebido por uma única pessoa. E se é à menina, que cabe a difícil missão de carregar no ventre, o filho, durante toda a gestação, de enfrentar as dificuldades e dores do parto e de amamentar o rebento após o nascimento, o rapaz não pode se eximir de sua parcela de responsabilidade. Por isso, quando uma adolescente engravida, não é apenas a sua vida que sofre mudanças. O pai, assim como as famílias de ambos também passam pelo difícil processo de adaptação a uma situação imprevista e inesperada.
Diante disso cabe nos perguntar: por que isso acontece? O mundo moderno, sobretudo no decorrer do século vinte e início do século vinte e um vem passando por inúmeras transformações nos mais diversos campos: econômico, político, social.


3. Como evitar?
É muito comum ouvir nas ocasiões em que se discute esse assunto com os adolescentes, perguntas do tipo: o asseio íntimo com ducha vaginal depois da relação sexual previne a gravidez? Quando a relação é em pé há risco de engravidar? Uma menina pode engravidar na sua primeira transa? E muitas outras perguntas e afirmações mitológicas sobre como não engravidar. A resposta a todas essas questões postas acima é única. Em todas as situações há risco de engravidar sim.
Não importa que tipo de asseio se faça depois do ato sexual. O espermatozóide é lançado no canal vaginal durante a ejaculação ou até mesmo antes, no líquido lubrificante produzido pelo homem. Isso significa que na hora do asseio eles já estão bem longe do alcance de uma ducha íntima. O fato da transa ser em pé, de lado ou em qualquer outra posição também não altera em nada o percurso dos espermatozóides até o óvulo. Também não se pode pensar que porque é a primeira vez de uma garota os espermatozóides fiquem “cerimoniosos” e resolvam voltar sem fecundar o óvulo. Até mesmo porque eles não teriam para onde voltar não é verdade?
Outras garotas ao iniciarem sua vida sexual tomam decisões como: só praticar sexo anal; só transar durante a menstruação; fazer tabelinha; pedir ao parceiro que utilize o coito interrompido1, entre outras estratégias equivocadas, que passam de boca-em-boca como eficientes.
Tudo bem, sexo anal não engravida porque é anatomicamente impossível: não há como o espermatozóide migrar do canal retal para o vaginal. Porém, há que se ter cuidado com o líquido expelido pelo pênis durante a excitação. Esse líquido pode conter espermatozóides que em contato com a vagina podem ter acesso ao óvulo mesmo não havendo penetração vaginal. Outro fator também tem que ser considerado. Não se pode optar pelo sexo anal se essa não é uma escolha, se a experiência não é agradável aos dois e sim porque é mais seguro.
O coito interrompido é outra opção que não convém, pois no momento máximo da excitação pode não dar tempo de realizar o procedimento ou mesmo que tudo ocorra bem bastaria que uma gotícula de esperma caísse na vagina para que houvesse risco de gravidez.

A tabelinha também é um método arriscado, sobretudo no início da vida sexual e sem acompanhamento de um profissional. Esse é um recurso usado como paliativo e sempre orientado por um médico e acompanhado de outros métodos contraceptivos. Assim como no caso da transa durante a menstruação o fator regularidade do ciclo menstrual é fundamental, o que significa dizer que se o ciclo for irregular não dá para confiar nesses métodos.
Diante disso só o acesso à informação, a educação, assim como a conscientização e a orientação para o uso de contraceptivos, são as únicas formas de combater e prevenir a gravidez na adolescência. Tudo isso, porém, só será possível através da associação de ações educacionais e de saúde pública. Não basta ter a informação se o acesso a uma consulta, um aconselhamento, ou a uma cartela de camisinhas é truncado.


4.1. Espermicida
Espermicida é um produto, uma espécie de gel, comprado em farmácias sem a necessidade de receitas médicas e utilizado para matar ou imobilizar os espermatozóides evitando que eles cheguem ao óvulo. É aplicado na vagina pouco antes da relação sexual, mas não oferece o mesmo grau de proteção que a camisinha, por exemplo. O ideal é que seja usado junto com a camisinha aumentando assim sua eficácia.
4.2. Diafragma
O diafragma é outro método ideal que cãs bem com o espermicida. Aliás, ele só funciona assim. É um objeto côncavo, arredondado e de bordas, feito de borracha flexível. Para utilizá-lo é necessário aplicar-lhe o espermicida e em seguida inseri-lo no canal vaginal. Ele funciona como uma barreira de proteção do útero.

4.3. Camisinha
É o método contraceptivo mais seguro chegando a oferecer 90% de segurança em relação a gravidez. Além da gravidez previne também todo tipo de doença sexualmente transmissível. Além disso, pode ser utilizada tanto pelo parceiro (camisinha masculina) quanto pela parceira (camisinha feminina). Outra vantagem é que sua aquisição é fácil. Tanto pode ser adquirida gratuitamente nos postos de saúde como comprada a um preço módico em supermercados e farmácias. O único cuidado que deve ser tomado é o de observar se o produto tem o selo do imetro e se está dentro da data de validade.

4.4. Pílulas anticoncepcionais
Um dos métodos contraceptivos mais populares as pílulas ocupam o primeiro lugar no ranking dos métodos mais usados pelas meninas. Isso acontece, primeiro porque sua fama de método seguro é grande, segundo porque o acesso a esse produto também é muito fácil. Embora isso seja errado a maioria das farmácias não pede receita médica no ato da compra e muitas mulheres fazem uso desse medicamento sem orientação médica. É importante salientar que essa atitude não deve ser cultivada. O uso de qualquer medicamento por iniciativa própria é arriscado à saúde. As pílulas costumam provocar efeitos colaterais como aumento ou redução de peso, dores de cabeça, náuseas, tonturas, entre outros.

4.5. Outras alternativas
Além desses há ainda um método contraceptivo que não é adequado à adolescência. É o DIU (Dispositivo Intra Uterino). Trata-se de um mecanismo depositado, apenas pelo médico, no útero da mulher e que deve ser acompanhado pelo menos de 6 em 6 meses pelo ginecologista.
(Veja mais sobre métodos anticoncepcionais clicando aqui!)
Não resta dúvida então que o melhor remédio para não engravidar é prevenir, certo? Porém, se algo deu errado há um método contraceptivo de urgência: trata-se da “pílula do dia seguinte”. É um medicamento que deve ser usado quando, por acidente, falham os outros métodos. Importante: apenas em casos extremos. Não dá para ser irresponsável e sair por aí transando sem proteção e tomando a pílula toda vez que transa. A eficiência do uso da “pílula do dia seguinte” está relacionada com o tempo que leva entre a transa e a ingestão do medicamento. Quando mais cedo for tomada maior sua eficácia. Seu uso errado pode ser prejudicial a gravidez, por isso deve ser orientado pelo médico.




                  
                  

DEPOIMENTOS DE GAROTAS QUE ENGRAVIDARAM NA ADOLESCÊNCIA .

NOME: Rayana LustosaENDEREÇO: SHCGN 703 BLOCO H CASA 22 BRASILIA-DFIDADE: 16DEPOIMENTO: tinha uma vida super agitada, era daquelas que estava de segunda a segunda na rua, com os amigos. Quando conheci o Daniel, 10 anos a mais do qe eu. Nos apaixonamos e começamos a namorar, minha familia ainda estava se acostumando com a ideia de eu estar namorando com um cara bem mais velho...quando veio a bombaaa!! estava gravida, tinha 15 anos e apenas 3 meses de namoro!!foi um choque pra todos inclusive pra mim, minha mãe estava gravida de 4 meses e nois apoiamos uma na outra, pra superar essa fase dificil , e consiliar tudo isso com os enjoos da gravidez! quando completei 6 meses de gestação vim morar com o daniel e a familia dele, foi uma fase muito complicada, estava mt fragilizada e passava tudo isso longeda minha mãe! mais graças a deus issosó fez fortalecer mais ainda nosso companherismos. Hoje meu filho tem 6 meses e aida mosramos na casa dos meus sogros.Minha vida mudou completamente....



NOME: Karina Soares PereiraENDEREÇO: Av.Bento Ribeiro Dantas 295 apt 101 - Bonsucesso - Rio de JaneiroIDADE: 16 anosDEPOIMENTO: Me chamo Karina,Tenho 16 anos... Com meus 15 anos,descobri o que era sexualidade...Axo q a maior burrada da minha vida foi eu ter feito com uma pessoa q eu naum gostava e q mt menos gostava de mim... logo dps conheci meu namorido... começamos a namorar e só vinhemos a ter relações com 5 de namoro... com 6 meses de namoro comecei a perceber mudanças em mim e no meu corpo... comecei a ter enjoo,tonteiras,sono e + sono,etc... No dia 12/09...Resolvi ir num posto de saude {sus} e fazer o teste de gravidez... por ter poucas semanas de atraso naum detectou a gravidez... e msm assim continuei sentindo os sintomas... foi qnd resolvi fazer o beta hcg no dia 25/10... Eh realmente eu estava gravida... de 5 semanas... no dia 27/10... minha mãe ja estava desconfiando da minha gravidez... o meu maior medo nakele momento era contar aos meus pais q eu estava gravida... oq eles iriam pensar?? logo eu a filha mais nova... de apenas 15 anos gravida... oq a familia,os amigos iriam falar?? Foi qnd meu namorado resolveu vir aki e contar... nossa no inicio foi um susto... uma decepção....meus pais choravam... e eu chorava mais ainda... meu medo era que meu pai me expulsasse de casa... mais naum pelo contrario msm decepcionado ele pediu pra eu ficar em casa... mais eu com medo quis ir pra casa do meu namorado...Passaram se os meses e eu lá na casa dele... nossa no inicio a minha sogra era um amor comigo... logo dps começou a me tratar mal... qria q eu fizesse os trabalhos domesticos no lugar dela {trabalhos pesados} e se eu naum fizesse ainda jogava na minha cara q eu naum fazia nada!! cada dia q passava eu ficava triste.. ela dizia q se eu fosse embora pra minha casa,ela naum deixaria mais o filho dela ficar comigo...Dizia tbm q o Guilherme naum era neto dela... e tudo isso era um erro... Pra ela o filho da namorada naum era neto... só seria neto se eu fosse casada com ele... isso cada vez me magoava... foi qnd resolvi ir pra casa...ja tava com 5 pra 6 meses de gestação... minha mãe desde q eu fiz 4 meses tava me apoiando em td... me ajudando nas coisinhas de bebê... já q qnd eu estava lá... ela naum deixava o meu namorado me dá dinheiro pra comprar um nd pro meu filho...qnd ele me dava dinheiro, ela fazia de td pra eu gastar o dinheiro...Antes eu naum tinha um nd... num tinha nem uma casa pra morar...hj em dia meus pais nos deu uma casa...e ta nos ajudando a montar de casa...Estou hj com 7 meses de gestação... e estou mt feliz,pois msm com tds as dificuldades da vida consegui lutar e vencer td... *Antes eu axava q ser mãe na adolescência seria a coisa mais dificil do mundo... mais naum...Dificuldades com ctz um dia vamos passar...mais se deixar-mos nos levar pelo preconceito... nunca iremos vencê-los...*




NOME: Déborah Pontes de OliveiraENDEREÇO: Bela Vista de Goiás - GO / BrasilRua Domingos Arantes nº564IDADE: 15 anos [Data de Nascimento: 10/05/1992]DEPOIMENTO: Como todas as jovens mães, eu não pensava que poderia acontecer comigo, minha família tem muitos casos como o meu mais eu não me preocupava tanto...Eu namorava a mais ou menos seis meses e tinha uma vida como a de muitas garotas, nunca fui muito de ir a festas, e meu pai também não gostava da ídeia de me deixar sair muito. Diferente do que muitos pensam pra ser mãe adolescente não é necessário ter uma família de baixa renda, ou desestruturada, não estudar ou coisas do tipo. Pelo contrário, eu tenho uma ótima estrutura familiar, estudo em uma boa escola e na minha casa nunca nos faltou nada! muito menos informação.Ser mãe aos desesseis nunca passou pelos meus planos, porém isso não vai mudar tanto a minha vida! Muitas pessoas pensam que por ser mãe agora eu não posso mais estudar, nem prestar uma faculdade, pelo contrário, agora eu estudo muito mais, e penso muito mais no meu futuro, pois jamais estarei sozinha, agora eu tenho um filho, e isso é para a vida toda!Quando eu descobri a minha gravidez eu tive um choque muito grande! E não queria aceitar que isto estava acontecendo comigo, como a maioria eu pensei em abortar...Não por maldade ou por achar que não era uma vida que eu carregava! Mais por medo, medo de contar aos meus pais, medo de perder meus estudos, o meu sonho de passar em um vestibular, e até mesmo das festas e da liberdade...Meu namorado sempre esteve do meu lado em tudo! Mas como ainda somos muito novos ele também ficou com muito medo de tudo que poderia acontecer..Bom, quatro meses se passaram e eu não contei nada para os meus pais, eu entrei em uma séria depressão e não queria aceitar este filho de maneira alguma, passei noites e noites sem dormir... Cheguei a ficar três dias inteiros sem comer.Por fim eu não aguentava mais e não sabia o que fazer, eu não queria perder o meu filho e também não queria perder a minha adolescencia!Por várias vezes compramos remédios pela internet, o tão famoso cytotec, e até receitas caseiras como chá de boldo e arruda!Quanto arrependimento! Mais a essas alturas eu já nao podia desistir pois ele poderia ter imperfeições que carregaria por toda a vida! Eu jamais iria aguentar ver o meu filho com problemas sérios sabendo que eu tinha sido a culpada por tudo aquilo!Felizmente nenhum destes chegaram, e na nossa última tentativa o remédio chegou mas ai já era tarde! Meus pais já desconfiavam da minha gravidez e eu não tinha mais coragem pra usar este medicamento... Pensava que estava de quinze semanas, Mas ao fazer o ultrasson no dia 24 de janeiro eu descobri que ja se passavam das 19, e que o meu filho estava muito bem e formadinho!Hoje, eu rezo e peço a Deus pra que o meu pequeno esteja bem,Estou grávida de sete meses, minha família ao contrário do que eu imaginei me apoia em tudo! Ainda estou no se gundo ano do ensino médio mais estou conseguindo conciliar normalmente os estudos com a nova rotina de sono e mal humor da gravidez.Agora eu sei, que o meu filho é a melhor "coisa" que já me aconteceu! E que eu jamais me perdoaria se tivesse acontecido algo com ele!Sou muito feliz apezar de ser uma mãe jovem, eu sei que meu filho vai ter tudo o que uma mãe "normal" poderia dar!



NOME: Thaiane Espinola
ENDEREÇO: Rua Sousa Aguiar, 265 MeierRio de Janeiro-RJ
IDADE: 19 Anos
DEPOIMENTO: Olha não estou aqui tentando influenciar ninguém a ser mãe adolescente.Mas também não posso deixar de demonstrar o quanto me sinto maravilhada em ter a minha pequena comigo.Bom nada foi tão fácil, mas consegui me levantar, também consegui deixar de lado os comentários maldosos q me faziam, só porque eu tinha 17 anos e estava grávida.No começo meu pai se assustou e ficou um pouco chateado, pois eu morava com ele e a responsabilidade seria dele. Minha mãe já desconfiava e nunca deixou de me apoiar, nunca me reprimiu por eu estar grávida.Pelo contrário me ajudou emocionalmente e financeiramente e ainda me chamou para morar com ela, pois meu namorado estava desempregado.Também tive total apoio do pai da Giovanna, ele ficou um pouco abalado com a notícia, mas nunca deixou de demonstrar seu carinho por ela mesmo ela ainda estando dentro da barriga. Sempre que podia acompanhava as ultra-sons e os exames de rotina.Minha gravidez foi maravilhosa e a Giovanna mudou muito todos aqui em casa. Foi uma reviravolta. Pintamos a casa compramos móveis novos, nos renovamos com a chegada da nossa princesa Giovanna.

" Gravidez na Adolescência- Infância Perdida "

A adolescência é uma fase bastante conturbada na maioria das vezes, em razão das descobertas, das ideias opostas às dos pais e irmãos, formação da identidade, fase na qual as conversas envolvem namoro, brincadeiras e tabus. É uma fase do desenvolvimento humano que está entre infância e a fase adulta. Muitas alterações são percebidas na fisiologia do organismo, nos pensamentos e nas atitudes desses jovens. 


A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento do embrião na mulher e envolve várias alterações físicas e psicológicas. Desde o crescimento do útero e alterações nas mamas a preocupações sobre o futuro da criança que ainda irá nascer. São pensamentos e alterações importantes para o período. 

Adolescência e gravidez, quando ocorrem juntas, podem acarretar sérias consequências para todos os familiares, mas principalmente para os adolescentes envolvidos, pois envolvem crises e conflitos. O que acontece é que esses jovens não estão preparados emocionalmente e nem mesmo financeiramente para assumir tamanha responsabilidade, fazendo com que muitos adolescentes saiam de casa, cometam abortos, deixem os estudos ou abandonem as crianças sem saber o que fazer ou fugindo da própria realidade. 

O início da atividade sexual está relacionado ao contexto familiar, adolescentes que iniciam a vida sexual precocemente e engravidam, na maioria das vezes, tem o mesmo histórico dos pais. A queda dos comportamentos conservadores, a liberdade idealizada, o hábito de “ficar” em encontros eventuais, a não utilização de métodos contraceptivos, embora haja distribuição gratuita pelos órgãos de saúde públicos, seja por desconhecimento ou por tentativa de esconder dos pais a vida sexual ativa, fazem com que a cada dia a atividade sexual infantil e juvenil cresça e consequentemente haja um aumento do número de gravidez na adolescência. 

A gravidez precoce pode estar relacionada com diferentes fatores, desde estrutura familiar, formação psicológica e baixa autoestima. Por isso, o apoio da família é tão importante, pois a família é a base que poderá proporcionar compreensão, diálogo, segurança, afeto e auxílio para que tanto os adolescentes envolvidos quanto a criança que foi gerada se desenvolvam saudavelmente. Com o apoio da família, aborto e dificuldades de amamentação têm seus riscos diminuídos. Alterações na gestação envolvem diferentes alterações no organismo da jovem grávida e sintomas como depressão e humor podem piorar ou melhorar. 

Para muitos destes jovens, não há perspectiva no futuro, não há planos de vida. Somado a isso, a falta de orientação sexual e de informações pertinentes, a mídia que passa aos jovens a intenção de sensualidade, libido, beleza e liberdade sexual, além da comum fase de fazer tudo por impulso, sem pensar nas consequências, aumenta ainda mais a incidência de gestação juvenil. 

É muito importante que a adolescente faça o pré-natal para que possa compreender melhor o que está acontecendo com seu corpo, seu bebê, prevenir doenças e poder conversar abertamente com um profissional, sanando as dúvidas que atordoam e angustiam essas jovens.